Crise política

Líder da oposição se declara presidente da Venezuela

Juan Guaidó fez pronunciamento durante manifestações realizadas no país contra Nicolás Maduro

O presidente da Assembleia Nacional Venezuelana e líder da oposição a Nicolás Maduro declarou-se nesta quarta (23) como presidente interino do país. O pronunciamento foi feito em meio a manifestações contra Maduro, que há duas semanas tomou posse para seu segundo mandato.

O anúncio de Guaidó repercutiu imediatamente. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu o parlamentar como o mandatário de fato da Venezuela e apelou a líderes de outros países latinos para que seguissem o movimento. O governo do Canadá e a Organização dos Estados Americanos (OEA) também reconheceram a liderança de Guaidó.

Em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, Jair Bolsonaro também disse reconhecer Guaidó como presidente venezuelano. “Todos nós conhecemos o que é Nicolás Maduro. Há preocupação sim (de reação), mas acredito que Guaidó não sofrerá retaliação e o mundo está de olho nisso”, declarou.

Para justificar sua decisão, o líder da oposição na Venezuela apontou o artigo 233 da Constituição. O texto afirma que a Assembleia Nacional pode declarar o cargo da presidência vago e convocar novas eleições em 30 dias. Porém, desde 2016 o parlamento teve seus poderes anulados por uma decisão do Judiciário sob forte influência de Maduro. Guaidó citou ainda outro artigo, o 333, que afirma que qualquer cidadão pode restabelecer a ordem constitucional no país em caso de ruptura.

Reações

Embora o presidente Donald Trump não tenha falado sobre possíveis reações em caso de conflitos na Venezuela, fontes dentro do governo dos Estados Unidos não descartaram uma intervenção militar no país e declararam a agências de notícias que, em caso de reações a qualquer membro da oposição, “todas as opções estão sobre a mesa”.

Oficialmente, em nota, Trump afirma que o governo norte-americano pode usar de interferências econômicas e diplomáticas à Venezuela.

Protestos

Nesta quarta, milhares de venezuelanos saíram às ruas em marcha para protestar contra Maduro. Os principais atos são realizados na capital, Caracas, em Maracaibo, San Cristóbal, Barquisimeto, Mérida e Valência. Em manifestações anteriores à marcha, quatro pessoas morreram.

Governistas também convocaram atos a favor de Maduro.

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